quinta-feira, 30 de junho de 2011

A tribo dos metaleiros no âmbito da sala de aula do ensino médio.

Introdução
Com o avanço da globalização, poderia se pensar que as diferenças regionais seriam minimizadas e em consequência disto à identidade nacional ou étnica desapareceria. Entretanto, o que acontece é uma proliferação de manifestações enfatizando a diversidade ao invés da homogeneização e da unidade, ou seja, por dentro da identidade nacional persiste um sentimento de identidade cultural transversal e perpassando o processo de globalização. O desenvolvimento tecnológico de fins do século passado promoveu uma mudança no enfoque da sociedade, que em reação a uma exacerbada mercantilização substituiu o individualismo pela necessidade de identificação com um grupo, que nucleie os indivíduos a partir de interesses em comum.  O sociólogo francês Michel Maffesoli, no seu livro “O tempo das tribos” de 1988 ressalta e caracteriza o fenômeno cunhando a expressão tribo urbana para tais agrupamentos. As tribos urbanas apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos, estilos musicais e formas de se vestir muito diversas entre si, no entanto, não tem projetos ou objetivos específicos, só “o aqui e agora” fundamentando um “sentimento de pertença”, um “fazer parte de” que reforça uma nova relação com o ambiente social. Como exemplo se pode citar: Skindheads, Punks, Mauricinhos, Emos, Góticos, Hippies, Surfistas, etc.
Como professor de Filosofia e Sociologia de uma escola de ensino médio tenho o privilegio de observar os relacionamentos entre os microgrupos que se produzem na sala de aula. Porem, nesta observação participante, o trabalho foi desenvolvido com a tribo dos metaleiros que cursam o ensino médio na Escola Técnica Positiva, da cidade de Novo Hamburgo, cujos alunos alvos da investigação fazem parte de turmas diferentes dentro do âmbito escolar, porem fazem parte da mesma tribo de relacionamento.

Observação participante I.
Desde o primeiro dia de aula me chamaram a atenção dois rapazes sentados nos últimos lugares à minha esquerda, do lado da janela do fundo da sala de aula (para poder diferenciar chamarei de sala 1), entre eles deixaram vazia uma classe, ambos estavam vestidos de negro, o menor, de estatura, de bandana na cabeça, que deixava aparecer os cabelos compridos. Os fones de ouvido a postos para qualquer circunstancia de uso emergencial imediato, algo assim como um casulo de segurança, especulação confirmada recentemente por dois dos “metaleiros” da observação. Sobre a classe vazia, um pintinho plástico de brinquedo, de cor amarela com um colete preto (no intervalo fiquei sabendo pela professora de matemática, do amigo de ambos, que ao fazer 18 anos, foi terminar o ensino médio no EJA (Ensino de Jovens e Adultos). O sobrenome dele: Pinto). Na outra sala, a 2, na outra turma, sentados com a mesma localização, porem, de diferente maneira, um na frente do outro, também dois indivíduos de preto, salvando as particularidades, com aparência similar. No mar colorido da adolescência escolar, os de preto, camisetas e calças sem etiquetas aparentes, só a imagem de alguma banda impressa no peito. Parece ser um alerta a mercantilização da sociedade, ainda limitado pelo fato de pertencer a um segmento social que também é determinado pelo consumo. Todas as alternativas poderiam estar corretas, mas, são só especulações, muito longe da possibilidade de compreender e explicar este fenômeno particular e específico dentro desta perspectiva singular.
Inicialmente pensei que poderia ter problemas com estes alunos, dada sua aparência rebelde marcada pelo tom das vestimentas, negro, e os enfeites, metálicos, que dão certa conotação agressiva. Ainda pensei na possibilidade de consumirem drogas, álcool, ou qualquer produto alienante, porem, para minha surpresa e com o passar das aulas matinais cheguei à conclusão que era preconceito meu. Pois, pelas suas atitudes durante as aulas percebi indivíduos curiosos e atentos ao contexto. Tudo isto no marco de uma observação puramente subjetiva e dentro da minha perspectiva ética.
Na sala 1 há um terceiro sujeito, sentado sozinho e a minha direita, também de preto, com os fones a postos, mas diferentes dos anteriores, pois os poucos cabelos de uma incipiente calvície precoce destoam com a imagem da tribo. Ainda assim pode ser incluído no grupo.
No contexto da sala de aula foram sendo modificados os critérios pelos quais eu interpretava o grupo, da mesma maneira como também se modificou a perspectiva deles com respeito a mim. Ainda que não sejam alunos exemplares, administram bem as disciplinas que estão cursando. Nas aulas de espanhol que eu ministrava às tardes vinha um dos alunos da sala 1, com bom rendimento; como tenho formação em música e ao verificar o interesse deles ao respeito, e tendo uma janela de horário, propus aulas de algum instrumento, por exemplo: violão, baixo, gaita de boca, etc. Ao que prontamente também responderam outros alunos das diferentes turmas, as aulas não teriam nenhum custo adicional, mas, deveriam estar com todas as disciplinas em situação satisfatória. Tudo isto implicou numa aproximação maior com um dos alunos que chamarei pelo “Nickname”: Azmodan.
O perfil socioeconômico e o grau de escolaridade dos progenitores são heterogêneos, ao que parece são muitos os elementos subjetivos para continuar a investigação desta maneira. Devido a esta limitação e aproveitando meu trabalho de aula preparei quatro questões para eles responderem:
Qual é a minha tribo?
A musica é importante?
Qual é a aparência da minha tribo?
Minha tribo é só uma ou são varias, uma confluência de tribos?

Observação participante II.
Historicamente e pelo meu conhecimento dos movimentos musicais da década de ´60, ´70, posso dizer que o movimento deve ter evoluído do “hardrock” e o “heavymetal” inglês, de bandas musicais como Black Sabbath, Deep Purple, Uriah Heep, de um estilo de ritmo alucinante e pesado, que promovia nos fans, sobre o efeito de droga e bebida, um estado de violencia catártica.
Vou me referir a cada um deles atraves dos “Nickname”, Azmodan, Kosuke, Cebola, Outro, Nãofala.  Segundo Azmodan o nome correto da tribo seria “headbanger”, e que para descreve-la “não pode generalizar”, pois cada membro é singular. Há gente que age pelos instintos, são agressivos e ignorantes, que desconhecem o conteudo das letras das bandas, assim como tambem há pessoas cultas, outras reclusas, e outras que misturam o culto com o agressivo. Kosuke e Azmodan falam em não poder esquecer dos otakus, aclaram que são pessoas viciadas em diferentes coisas, por exemplo: anime (um tipo de desenho japonês), mangá (história em quadrinhos japonês que começa detras para frente), ou games on line.
Numa certa medida eles se declaram antisociais, as letras das bandas, assim como as possiveis leituras, têm a ver com ódio, furia, sátiras dirigidas à igreja, satanismo, etc. Cebola se manifesta abertamente racista, coisa que os outros não deixaram entrever, ainda que demonstrem uma profunda aversão pelos pagodeiros assim como pelos emos, integrantes de outras tribos urbanas. A música é o elemento aglutinador das tribos, e o que diferencia umas das outras, “não existe vida sem música” afirma Kosuke. Segundo o Outro há muitos generos de metal, algo que Azmodan enumera como metal industrial, Nu metal, metal sinfonico, power metal, death metal, black metal, etc.
As aulas começam 7:45´hs. e normalmente quando entro na sala 2, a conversação do grupo transcorre calmamente. Me disponho à comecar a aula, e eles, devagar, se retiram a sua sala, 1. A essa hora da manhã já rodou muita música nos seus ouvidos, muito metal, a muito volume.

Conclusão.
Todos os individuos das duas turmas responderam as questões. As respostas foram variáveis, porem, o ponto em comum foi à música, que une, que delimita, que separa. A idade do conjunto oscila por volta dos 15, 16 anos.
A diversidade de esta tribo se manifesta no projeto individual, Kosuke tenta desenvolver games, Azmodan desenha, quer aprender a tocar algum dos instrumentos que ja tem em casa, Cebola esta estudando bateria, Outro parece estar de ferias, Nãofala não se sabe. Tudo isso é claro que além das disciplinas escolares que cada um negocia da melhor maneira possível e de acordo com a sua capacidade. De uma situação de rebeldia e confronto aparente, alguns passaram a tentar contestar menos, e tirar melhor proveito das aulas. Percebe-se uma grande sensibilidade, e em conseqüência uma necessidade maior de proteção, o que determina uma aparência agressiva. Simultaneamente ao fato de “fazer parte de”, se sobrepõe uma individualidade que em alguns casos pode ser vista como antisocial, e acreditada como tal.   
Parece ser que todos os movimentos da contracultura são tribos urbanas, mas sera que todas as tribos urbanas são movimentos da contracultura?
Professor Arnoldo Romano

Lógica e Argumentação

Lógica e Argumentação
Exercícios facilitados pelo Prof. MSc. Renato Fonseca
Cada um dos pequenos textos abaixo contém um e apenas um argumento. Distinga, em cada um, entre as premissas e a conclusão (faça-o explicitamente, em uma folha à parte).
  1. Dado que todos os seres racionais são responsáveis por suas próprias ações, e visto que todos os seres humanos são racionais, segue-se que todos os seres humanos são responsáveis por suas ações.
  2. "É sabido que a interpretação de uma lei não é um ato de técnica jurídica pura e neutra, mas sim uma verdadeira opção influenciada por fatores ideológicos, culturais e políticos. Interpretar, portanto, é sempre uma escolha valorativa feita pelo intérprete a partir dos vários sentidos possíveis de uma norma legislativa”.(José Eduardo Martins Cardozo, Pela reforma sem súmulas vinculantes, Folha de São Paulo, 23/02/2003)
  3. João não vai à igreja, pois é um ateu e os ateus não vão à igreja.
  4. Consumiram-se três anos para o prédio do TRT ficar pronto; o reboco começou a rachar logo que ficou pronto; o sistema de refrigeração pifou; alguém deveria ser responsabilizado.
  5. O confisco da poupança pelo Governo Collor não deveria ter ocorrido. Trouxe grande sofrimento à população.
  6. A cidade deveria ressarcir a prefeita por suas despesas hospitalares, pela simples razão de que o acidente ocorreu enquanto ela se ocupava de questões de interesse do município.
  7. Já que apenas quem é capaz de citar literalmente vários artigos do Código sem consultá-lo está apto a passar no teste, é inútil que eu tente fazê-lo, pois não decorei nenhuma passagem do mesmo.
  8. Roberto deveria fazer mais exercícios. Seria bom para sua saúde.
  9. Antônio não está atendendo o celular. Já deve estar na reunião.
  10. "No procedimento acusatório, deve o promotor atuar como parte, pois se assim não for, debilitada estará a função repressiva do Estado." (Hélio Tornagui, A relação processual penal.)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aula prática de biologia - dia 29.06

Queridos,

cada grupo de 2 ou 3 alunos deve trazer para a aula do dia 29.06 um ramo da planta aquática elódea, que pode ser adquirida em lojas que vendem aquários.

Até 4ª!
Profª Fábia

sábado, 18 de junho de 2011

Tu deve aprender a viver..

..com tua consciência, tua própria moralidade, tua própria decisão. Não há mais autoridade do que a si mesmo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vídeo de História



Queridos mortais!



Faltou marcar a data de apresentação do vídeo produzido por vocês, sobre mitologia grega.


Que tal 01/07?


Aguardo ansiosa o resultado desse trabalho...




Bjs! Prof. Vanessa Martins



domingo, 5 de junho de 2011

Célula vegetal

Célula vegetal

Uma célula vegetal se organiza da seguinte forma.

Reticulo endoplasmático rugoso, reticulo endoplasmático liso, complexo de golgi, vacúolo, membrana plasmática, mitocôndria, ribossomos, nucléolo e a parede celular.

A membrana plasmática funciona como a embalagem da célula, pois faz a barreira que controla o que pode entrar e sair da célula.

Os retículos endoplasmáticos liso e rugosos têm os seguintes papeis aumenta enormemente a superfície intracelular e participa da síntese protéica e de lipídios,já o rugoso tem grãos que são os ribossomos eles realizam a ultima etapa da síntese protéica.

A mitocôndria faz as principais etapas da respiração celular.

O nucléolo auxilia na síntese protéica com os ribossomos.

As diferenças entre a célula vegetal da animal,a vegetal tem uma parede celular rígida, a presença de plastos,a presença de grandes vacúolos e a ausência de centríolos e lisossomos.

Trabalho de:Gabriel,Luisa,Bruna e Arthur.